A ansiedade é uma reação normal do ser humano, sendo considerada “um sinal de alerta que permite ao indivíduo permanecer atento, tendo como base objetiva uma ameaça ou perigo existente e decorrente da realidade externa” (REYES; FERMANN, 2017, p. 50).
No
entanto, quando esta ansiedade é excessiva, repetitiva e desproporcional aos
fatos que a desencadeiam, ou seja, quando os seus sintomas começam comprometer
a vida cotidiana do indivíduo, ela torna-se uma patologia, que deve ser tratada
(PITTA, 2011).
De
acordo com American
Psychiatric Association (APA), as
principais características do Transtorno de Ansiedade Generalizada são:
[...] ansiedade e preocupação persistentes e
excessivas acerca de vários domínios, incluindo desempenho no trabalho e
escolar, que o indivíduo encontra dificuldade em controlar. Além disso, são
experimentados sintomas físicos, incluindo inquietação ou sensação de “nervos à
flor da pele”; fatigabilidade; dificuldade de concentração ou “ter brancos”;
irritabilidade; tensão muscular; e perturbação do sono (APA, 2014, p. 190).
Segundo a Organização
Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com mais ansiosos do mundo, “cerca de
18,6 milhões de pessoas sofrem com a ansiedade” (NURSING, 2022, p. 1). Embora
existam vários tipos e intensidades de ansiedade, percebe-se que ajudar estas
pessoas é de suma importância, o que reforça a ideia de que os profissionais de
Psicologia devem estar preparados para atender esta demanda.
Segundo Arrigoni et
al. (2021, p. 14), o Transtorno de Ansiedade Generalizada é uma condição
crônica e incapacitante, que provoca
sofrimento clínico significativo, o que prejudica aspectos importantes da vida
dos pacientes. Os autores explicam que, para estes pacientes “o mundo
circundante é percebido com apreensão, vigilância e pessimismo (sentimento
crônico de insegurança, perda de contato com o experiencial)”.
O
Transtorno de Ansiedade Generalizada atinge crianças, adolescentes, adultos e
idosos, caracterizando-se pela intensa ansiedade e pelo estado de preocupação
incontrolável. Neste sentido, cabe ao terapeuta ficar atento, sobretudo a dois
aspectos: (i) a preocupação excessiva e incontrolável e; (ii) a
hiperexcitabilidade persistente, que consiste em manifestações físicas
incontroláveis pertinentes à tensão (MOURA et
al., 2018).
Corroborando
com o diagnóstico dos autores, Lopes et
al. (2021, p. 2) relatam:
O
medo desproporcional, a preocupação excessiva e uma sensação corriqueira de
estar sobrecarregado são alguns sinais que podem estar presentes no Transtorno
de Ansiedade Generalizada. Nesses pacientes a preocupação é caracterizada como
persistente, excessiva e irreal com relação às atividades diárias, podendo ser
multifocal, envolvendo futuro, família, finanças e saúde. É de difícil controle
e pode estar associado a muitos sintomas físicos e psicológicos não
específicos. Essa preocupação é considerada a característica central do TAG.
Neste
contexto, Marques e Borba (2016) esclarecem que esta
preocupação excessiva, toma muito tempo e energia, fazendo com que o indivíduo
portador da TAG tenha dificuldades para realizar suas atividades de forma
rápida e efetiva. Para as autoras, a intensidade dos sintomas físicos trazidos
pelo Transtorno, que podem variar entre moderado e grave, podem comprometer até
a execução de tarefas simples do dia a dia.
Araujo
et al. (2020) acrescentam que as
preocupações excessivas e dificuldade de raciocinar com base na realidade,
levam o paciente com TAG a cometer diversos erros de pensamento (entendimento
do fato real), uma vez que ele já se preocupa de forma desproporcional com o
futuro.
A
American
Psychiatric Association (APA) define as
principais características do Transtorno de Ansiedade Generalizada:
[...] ansiedade e preocupação persistentes e
excessivas acerca de vários domínios, incluindo desempenho no trabalho e
escolar, que o indivíduo encontra dificuldade em controlar. Além disso, são
experimentados sintomas físicos, incluindo inquietação ou sensação de “nervos à
flor da pele”; fatigabilidade; dificuldade de concentração ou “ter brancos”;
irritabilidade; tensão muscular; e perturbação do sono (APA, 2014, p. 190).
Resumidamente, Marques e
Borba (2016) apresentam os construtos comuns ao Transtorno de Ansiedade
Generalizada: (i) paciente busca
sem sucesso comportamentos de segurança; (ii) pacientes apresentam
comportamentos contraproducentes sobre a supressão de pensamentos negativos, ou
seja, dificuldade de suprimir pensamentos preocupantes. Há uma ativação de
crenças negativas; (iii) pacientes apresentam forte predileção a serem
intolerantes com incertezas e; (iv) apresentam déficit na regulação da
experiência emocional.
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