sexta-feira, 11 de agosto de 2023

O TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA

 A ansiedade é uma reação normal do ser humano, sendo considerada “um sinal de alerta que permite ao indivíduo permanecer atento, tendo como base objetiva uma ameaça ou perigo existente e decorrente da realidade externa” (REYES; FERMANN, 2017, p. 50).



No entanto, quando esta ansiedade é excessiva, repetitiva e desproporcional aos fatos que a desencadeiam, ou seja, quando os seus sintomas começam comprometer a vida cotidiana do indivíduo, ela torna-se uma patologia, que deve ser tratada (PITTA, 2011).

De acordo com American Psychiatric Association (APA), as principais características do Transtorno de Ansiedade Generalizada são:

 

[...] ansiedade e preocupação persistentes e excessivas acerca de vários domínios, incluindo desempenho no trabalho e escolar, que o indivíduo encontra dificuldade em controlar. Além disso, são experimentados sintomas físicos, incluindo inquietação ou sensação de “nervos à flor da pele”; fatigabilidade; dificuldade de concentração ou “ter brancos”; irritabilidade; tensão muscular; e perturbação do sono (APA, 2014, p. 190).

 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com mais ansiosos do mundo, “cerca de 18,6 milhões de pessoas sofrem com a ansiedade” (NURSING, 2022, p. 1). Embora existam vários tipos e intensidades de ansiedade, percebe-se que ajudar estas pessoas é de suma importância, o que reforça a ideia de que os profissionais de Psicologia devem estar preparados para atender esta demanda.

Segundo Arrigoni et al. (2021, p. 14), o Transtorno de Ansiedade Generalizada é uma condição crônica e incapacitante,  que provoca sofrimento clínico significativo, o que prejudica aspectos importantes da vida dos pacientes. Os autores explicam que, para estes pacientes “o mundo circundante é percebido com apreensão, vigilância e pessimismo (sentimento crônico de insegurança, perda de contato com o experiencial)”.

O Transtorno de Ansiedade Generalizada atinge crianças, adolescentes, adultos e idosos, caracterizando-se pela intensa ansiedade e pelo estado de preocupação incontrolável. Neste sentido, cabe ao terapeuta ficar atento, sobretudo a dois aspectos: (i) a preocupação excessiva e incontrolável e; (ii) a hiperexcitabilidade persistente, que consiste em manifestações físicas incontroláveis pertinentes à tensão (MOURA et al., 2018).

Corroborando com o diagnóstico dos autores, Lopes et al. (2021, p. 2) relatam:

 

O medo desproporcional, a preocupação excessiva e uma sensação corriqueira de estar sobrecarregado são alguns sinais que podem estar presentes no Transtorno de Ansiedade Generalizada. Nesses pacientes a preocupação é caracterizada como persistente, excessiva e irreal com relação às atividades diárias, podendo ser multifocal, envolvendo futuro, família, finanças e saúde. É de difícil controle e pode estar associado a muitos sintomas físicos e psicológicos não específicos. Essa preocupação é considerada a característica central do TAG.

 

Neste contexto, Marques e Borba (2016) esclarecem que esta preocupação excessiva, toma muito tempo e energia, fazendo com que o indivíduo portador da TAG tenha dificuldades para realizar suas atividades de forma rápida e efetiva. Para as autoras, a intensidade dos sintomas físicos trazidos pelo Transtorno, que podem variar entre moderado e grave, podem comprometer até a execução de tarefas simples do dia a dia.

Araujo et al. (2020) acrescentam que as preocupações excessivas e dificuldade de raciocinar com base na realidade, levam o paciente com TAG a cometer diversos erros de pensamento (entendimento do fato real), uma vez que ele já se preocupa de forma desproporcional com o futuro.

A American Psychiatric Association (APA) define as principais características do Transtorno de Ansiedade Generalizada:

 

[...] ansiedade e preocupação persistentes e excessivas acerca de vários domínios, incluindo desempenho no trabalho e escolar, que o indivíduo encontra dificuldade em controlar. Além disso, são experimentados sintomas físicos, incluindo inquietação ou sensação de “nervos à flor da pele”; fatigabilidade; dificuldade de concentração ou “ter brancos”; irritabilidade; tensão muscular; e perturbação do sono (APA, 2014, p. 190).

 

Resumidamente, Marques e Borba (2016) apresentam os construtos comuns ao Transtorno de Ansiedade Generalizada: (i) paciente busca sem sucesso comportamentos de segurança; (ii) pacientes apresentam comportamentos contraproducentes sobre a supressão de pensamentos negativos, ou seja, dificuldade de suprimir pensamentos preocupantes. Há uma ativação de crenças negativas; (iii) pacientes apresentam forte predileção a serem intolerantes com incertezas e; (iv) apresentam déficit na regulação da experiência emocional.


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