segunda-feira, 6 de maio de 2024

O TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)

 O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno complexo do desenvolvimento comportamental, que possui várias causas e se manifesta em diferentes graus de gravidade.



 Embora o termo Autismo tenha sido substituído por Transtorno do Espectro Autista, pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V),  a etimologia da palavra Autismo pode ser traduzida como um estado ou uma condição, na qual o indivíduo parece estar recluso em si próprio, aspecto que evidencia a característica principal do Transtorno.

A complexidade do TEA dificulta a sua definição e, muitas vezes, o seu diagnóstico, uma vez que não há meios pelos quais seja possível testá-lo e, por conseguinte mensurá-lo. 

O TEA consiste num conjunto de distúrbios do desenvolvimento neurológico. Tais distúrbios iniciam-se na infância e acompanham o indivíduo por todo seu ciclo vital, o que acaba comprometendo as habilidades sociais e de comunicação do seu portador. Além disso, também é observada a emissão de comportamentos estereotipados. 

De forma ampla o TEA caracteriza-se pela constatação de prejuízos qualitativos na interação social, associados aos comportamentos repetitivos e a interesses restritos.

De acordo com o DSM-V, o TEA divide-se em subcategorias conforme sua gravidade e comprometimento, a saber: (i) no nível um, o indivíduo exige apoio, sendo considerado autismo leve; (ii) no nível dois,  o indivíduo exige ajuda substancial, é o caso do autismo moderado; e (iii) no nível três, o autismo severo, requer grande (total) ajuda para desenvolver atividades simples do dia a dia. 

Assim, percebe-se que o grau do TEA pode ir desde uma deficiência intelectual grave, com baixo desempenho em habilidades comportamentais adaptativas, até indivíduos com quociente de inteligência (QI) normal, que levam uma vida independente. Os indivíduos com TEA também podem apresentar doenças associadas ao seu estado, como a hipertensão, distúrbios do sono e gastrointestinais, até epilepsia. 

Destaca-se que, embora existam muitos estudos que abordem o TEA, a cura ainda não foi encontrada.


Silvia Laura Abrahão


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