O Conselho Federal de Psicologia (CFP), por meio da sua Resolução n. 05 de 2012, deixa claro que “os Testes Psicológicos são instrumentos de avaliação ou mensuração de características psicológicas, constituindo-se um método ou técnica de uso privativo do psicólogo, em decorrência do que dispõe o § 1° do Art. 13 da Lei n° 4.119/62”.
Neste sentido, o CFP defende que o teste psicológico é um instrumento que mede, de forma objetiva e padronizada, um determinado construto - características psicológicas nas áreas de emoção/afeto, cognição/inteligência, motivação, personalidade, psicomotricidade, atenção, memória e percepção (CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, 2018).
De uma forma geral, a avaliação psicológica tem como fim “obter informações a respeito de diferentes dimensões psicológicas do indivíduo, tais como: capacidades cognitivas e sensório-motoras, componentes sociais, emocionais, afetivos e motivacionais da personalidade, atitudes, aptidões e valores” (PARPINELLI; LUNARDELLI, 2006, p. 466).
Os testes psicológicos mais usados são aqueles que medem a habilidade cognitiva – inteligência, capacidade, competência e aptidões específicas - e os de personalidade (Rothmann; Cooper, 2009, p. 65; ELY; DIAS, 2012, p. 13). Os testes de personalidade se propõem a mensurar características emocionais, interpessoais e motivacionais, sob determinadas condições (Spector, 2006, p. 38).
As pesquisas são constantes nesta área da Psicologia, que busca aprimorar a precisão e a validade dos testes psicológicos, principalmente os de personalidade (THADEU; FERREIRA, 2013, p. 121).
A valiação psicológica pauta-se nos princípios éticos, técnicos e legais, ditados pelo Conselho Federal de Psicologia, frequentemente os resultados obtidos nas avaliações demonstram consistência suficiente para manter inalterados seus resultados (Thadeu; Ferreira; Faiad, 2012, p. 236).
Segundo Reis e Faiad (2014, p. 89), é relevante considerar que os testes psicológicos são capazes de oferecer informações sobre o funcionamento dos processos mentais, todavia a “sua utilidade encontra-se vinculada à apresentação de qualidades psicométricas e evidências de validade”.
É fator fundamental para o êxito da avaliação psicológica a capacitação, a formação profissional do psicólogo, bem como a sua experiência na aplicação das avaliações (ELY; DIAS, 2012, p. 15).
Corroborando com este entendimento Parpinelli e Lunardelli (2006, p. 466) acrescentam:
[...] o profissional também necessita de um
conhecimento complexo dos instrumentos que se propõe a utilizar. Isso se refere
a conhecer seus variados elementos e como eles se relacionam entre si:
validade, precisão, existência de normas específicas e gerais para a população,
existência de informações necessárias para aplicação, correção e interpretação
dos resultados.
Nesta mesma sintonia, Madeira, Siminovich e Chardosim (2011, p. 12) defendem que o psicólogo precisa, além do rigor científico característico da aplcação de um procedimento, como a avaliação psicológica, deve dominar o conhecimento técnico sobre os instrumentos usados nesta avaliação, sendo esses instrumentos avalizados pelo Conselho Federal de Psicologia e pela legislação vigente.
Silvia Laura Abrahão
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