A população idosa cresce em todo mundo, inclusive no Brasil, o que parece ser um desafio para o Estado que precisa arcar com investimentos maiores no setor da saúde, haja vista que uma das consequências do crescimento desta parcela da população é o aumento na prevalência das enfermidades características desta faixa etária.
A maioria das alterações mentais e comportamentais observadas nos idosos não decorre somente de processos biológicos típicos do envelhecimento, mas são consequências da imposição de papéis sociais (frequentemente de caráter negativo) atribuídos aos indivíduos desta faixa etária, consolidando a ideia de que o idoso é física e mentalmente debilitado, possui o raciocínio lento e tem atitudes intransigentes. Além disso, a velhice, diferentemente do que o imaginário coletivo prega, “não é sinônimo de doença”.
À medida que a velhice avança são observadas perdas cognitivas e redução na capacidade de aprender significativas; aumento da probabilidade de adquirir a síndrome do estresse crônico, bem como a demência, além do aumento nos níveis de fragilidade, disfuncionalidade e multimorbilidade. Em outras palavras, há expressiva perda no potencial intelectual nos idosos, sobretudo naqueles com mais de 80 anos.
Ressalta-se que a depressão e a demência são os transtornos mentais mais presentes entre os idosos. A demência caracteriza-se pela perda gradual de vários atributos, dentre eles a intencionalidade, autonomia, a independência, identidade pessoal e conexão social. Percebe-se, assim, que a demência compromete a dignidade do idoso e o pleno exercício dos seus direitos. Atenta-se ainda que a eficácia dos tratamentos das demências é extremamente limitada, em virtude da complexidade da causação biogenética.
Deste modo, observa-se a importância do cuidado e do acolhimento do idoso acometido deste transtorno. Também são observados transtornos ansiosos, o alcoolismo, quadros maníacos, transtornos mentais de origem orgânica, e o uso abusivo (dependência) de sedativos.
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