A Análise do Comportamento Aplicada (ABA) é definida por Camargo e Rispoli (2013, p. 641) como “um sistema teórico para a explicação e modificação do comportamento humano baseado em evidência empírica”.
Ela é uma abordagem da Psicologia chamada de Behaviorismo Radical, o que significa que esta abordagem avalia, explica e modifica comportamentos, com base nos princípios de condicionamento operante. Assim, a característica principal da ABA é identificar comportamentos e habilidades que precisam ser melhorados, por meio de métodos sistemáticos, nos quais depois de identificado o que se quer modificar estabelece-se objetivos viáveis para o paciente, com o fim de delinear uma intervenção envolvendo estratégias comportamentais, que são executadas pelo terapeuta e pelo paciente.
Durante o processo da ABA há a coleta de dados, com vista a “analisar o progresso do paciente e auxiliar na tomada de decisões em relação ao programa de intervenção e às estratégias que melhor promovem a mudança de comportamento e a aquisição de habilidades” (CAMARGO; RISPOLI, 2013, p. 641).
Barcelos et al. (2020, p. 37284) esclarecem que a ABA investiga as variáveis que antecederam determinado comportamento, bem como suas consequência para aquele que o emitiu, ou seja, “a mudança de comportamento através do que aconteceu antes e eventos posteriores à ocorrência do comportamento”. Denota-se que tais consequências podem ser agradáveis ou desagradáveis, e é isso que determinará a probabilidade do comportamento se repetir, ou não.
Neste sentido, percebe-se que este é um modelo científico experimental e sistemático, guiado pela observação e mensuração, sendo que, após, esta investigação a intervenção é planejada fundamentando-se nos comportamentos considerados adequados para o indivíduo e para a sociedade (BARCELOS et al. 2020).
REFERÊNCIAS
BARCELOS, K. S.; MARTINS, M. F. A.; BETONE, G. A. B.; FERRUZZI, E. H. Contribuições da análise do comportamento aplicada para indivíduos com transtorno do espectro do autismo: uma revisão. Brazilian Journal of Development, Curitiba, v. 6, n, 6, p. 37276-37291, jun. 2020. Disponível em: <https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/11620/10086>. Acesso em: maio 2023.
CAMARGO, S. P. H.; RISPOLI, M. Análise do comportamento aplicada comointervenção para o autismo: definição, características e pressupostos filosóficos. Revista Educação Especial, v. 26, n. 47, p.639-650, set./dez. 2013. Disponível em: <https://periodicos.ufsm.br/educacaoespeci/article/view/6994>. Acesso em: maio 2023.
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