O relatório do Center of Diseases Control and Prevention (CDC), ou Centro de Controle de Doenças e Prevenção, publicou em dezembro de 2021, que uma em cada 44 crianças de oito anos, nos Estados Unidos, possui Transtorno do Espectro Autista (TEA). No Brasil, embora o tema venha sendo bastante discutido nos últimos anos, não há estudos científicos significativos que informem sobre a prevalência de TEA.
O termo, autismo, passou por diversas alterações no decorrer dos anos, sendo hoje chamado de Transtorno do Espectro Autista pela American Psychiatric Association (APA, 2014). De acordo com Onzi e Gomes (2015), as principais características do TEA são atrasos persistentes na comunicação e na interação social, também são observados prejuízos em comportamentos que envolvem os interesses e os padrões de atividades. Os autores destacam que os sintomas do TEA estão presentes desde a infância do indivíduo, o que acaba limitando o seu desenvolvimento.
Contudo, Matos et al. (2020) advertem que grande parte das crianças não são diagnosticadas antes dos cinco anos, ou ainda somente quando passam a frequentar a escola, o que pode comprometer o seu desenvolvimento.
Segundo Paiva Jr. (2021), a versão anterior - CID-11 - trazia vários diagnósticos dentro dos Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD), dentre eles: Autismo Infantil, Autismo Atípico, Transtorno Desintegrativo da Infância, Transtorno com Hipercinesia associado ao Retardo Mental e a Movimentos Estereotipados, Síndrome de Asperger outros TGDs sem especificação.
Cabral e Marin (2017) afirmam que as manifestações do TEA podem variar dependendo do nível de desenvolvimento e da idade cronológica do seu portador, todavia a identificação do Transtorno ocorre quando é observado prejuízo/comprometimento em pelo menos uma das seguintes áreas: interação social, linguagem comunicativa, jogos simbólicos ou imaginários.
Sob esta perspectiva, Reis (2014) defende a Arteterapia, como meio de intervenção nos casos de TEA, considerando-se que essa prática pode contribuir para o desenvolvimento dessas crianças, sobretudo no que tange ao autoconhecimento, à percepção, à emoção e à criatividade, além de possibilitar a motivação para o uso do sistema motor.
Oliveira e Oliveira (2016, p. 2) explicam que a Arteterapia permite ao indivíduo expressar o que sente, bem como revelar como esse se comporta e se sente parte no mundo. O processo ocorre conforme o indivíduo vai evoluindo mental, perceptual e emocionalmente. Neste sentido, percebe-se que pode ajudar às crianças com TEA. A Arteterapia é uma técnica que abrange várias modalidades, como música, pintura, desenho, entre outras.
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