CARACTERÍSTICAS
A síndrome de West é uma forma grave de
epilepsia em crianças. Frequentemente, esta síndrome manifesta-se entre três e
doze meses de idade. É causada por disfunções orgânicas do cérebro que podem ocorrer
nos períodos pré-natais, perinatais (durante o nascimento) ou pós-natais.
Estatisticamente, os meninos são mais afetados que as meninas, numa taxa de
dois meninos para cada menina (CEIVI, 2014).
SINTOMAS
A Síndrome de West é percebida por sinais
clínicos e eletroencefalográficos, sendo esses o atraso no desenvolvimento,
espasmos (acompanhados de gritos) infantis e traçado eletroencefalográfico com
padrão de hipsarritmia. Cada crise dura em média alguns segundos, elas são
frequentes, podendo chegar até a centena ou mais por dia (CEIVI, 2014).
Os espasmos ou contrações são breves,
maciças, simétricas, levando os membros superiores para frente e para fora e
flexionando os músculos do abdômen. Outra manifestação importante é o retardo
mental que, em boa parcela dos casos, pode ser evitado pelo tratamento precoce
do quadro (CEIVI, 2014).
Além disso, a
criança apresenta sérias complicações respiratórias, devido aos frequentes espasmos,
deformidades, principalmente de membros superiores e membros inferiores. Pode também
ser observada a subluxação do quadril (CEIVI, 2014).
FORMAS DE TRATAMENTO
As alterações e características clínicas e
evolutivas da síndrome de West dependem das condições prévias do Sistema Nervoso
Central do lactante antes dos surgimentos das crises. Com o crescimento da
criança, geralmente, as crises diminuem, desaparecendo por volta do quarto ou
quinto ano de vida (CEIVI, 2014).
É observada a melhora dos espasmos infantis
com uso intensivo do Hormônio Adrenocorticotrófico (ACTH) em suas apresentações
injetáveis ou em gel. Este tratamento pode interromper o quadro convulsivo,
porém só deve ser utilizado sob rigoroso controle médico e monitoramento
cardiopediátrico (CEIVI, 2014).
Também são usados (isoladamente ou em
combinações) no tratamento da síndrome de West outros anticonvulsivantes como o Clonazepam, a Lamotrigina, o Ácido Valpróico,
o Fenobarbital e o Vigabatrin (CEIVI, 2014).
Também é
aconselhável a intervenção psicoterápica, (psicomotora e psicopedagógica), fisioterápica
e fonoaudiológica (TORRES, 2011).
PROFISSIONAIS
Os
profissionais que atendem os portadores da síndrome de West são em primeira
instância o neurologista, o psiquiatra e o cardiopediatra (CEIVI, 2014).
Entretanto,
psicologos, fisioterapeutas e fonoaudiologos também devem acompanhar a criança
acometida por esta síndrome (TORRES, 2011).
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