O Autismo é um transtorno neurológico e seus sinais podem ser
percebidos já nos primeiros meses de vida da criança. Este transtorno
caracteriza-se pela ausência da manutenção do contato visual efetivo com
os pais e outras pessoas do seu convívio. Os autistas não respondem a sorrisos
e a brincadeiras dos pais.
O diagnóstico do Autismo é clínico e parte de uma entrevista
com os pais ou responsáveis sobre a observação do comportamento da criança.
Segundo Brentani et al, (2013, s/p.), o Autismo
caracteriza-se pela constatação de prejuízos qualitativos na interação social,
associados a comportamentos repetitivos e interesses restritos. Estes autores
afirmam que aproximadamente 60-70% das crianças autistas têm algum nível de
deficiência intelectual, sendo “que os indivíduos com Autismo leve, apresentam
faixa normal de inteligência e cerca de 10% dos indivíduos com Autismo têm
excelentes habilidades intelectuais para a sua idade”.
1.2 SINTOMAS
Os sintomas do Autismo frequentemente estão presentes desde o
início da infância, todavia podem ser percebidos com mais nitidez a partir do
desenvolvimento social da criança, por exemplo, quando ela entra na escola
(SILVA, 2012).
São sintomas do
Autismo:
- · Déficits clinicamente significativos e persistentes na comunicação social e nas interações sociais, como deficiências na comunicação não verbal e verbal, falta de reciprocidade social; incapacidade para desenvolver e manter relacionamentos de amizade apropriados para o estágio de desenvolvimento;
- ·
Padrões
restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades, ou seja,
comportamentos motores ou verbais estereotipados, ou comportamentos sensoriais
incomuns, excessiva adesão/aderência a rotinas e padrões ritualizados de
comportamento e interesses restritos, fixos e intensos.
O Portal Eletrônico Autismo e Realidade (2010) informa que a
gravidade dos sintomas determinam a habilidade
cognitiva, a habilidade de linguagem expressiva e as comorbidades
psicopatológicas do portador deste transtorno.
1.3 FORMAS
DE TRATAMENTO
O
tratamento do Autismo fundamenta-se em intervenções psicoeducacionais, orientação familiar e
exercícios para o desenvolvimento da linguagem e da comunicação, de um modo
geral (SILVA, 2012).
O
tratamento medicamentoso só é indicado nos casos em que haja alguma comorbidade
neurológica e/ou psiquiátrica, que interfira no comportamento cotidiano do
autista, devendo ser prescrito pelo neurologista ou pelo psiquiatra (SILVA,
2012)
1.4 COMO
TRABALHAR A CRIANÇA NA ESCOLA/Professor
De acordo com a
legislação brasileira atual, a criança autista deve e pode frequentar escolas
do ensino regular, para tanto estas devem oferecer cuidadores, professoras de reforço e salas de aceleração, que
trabalharão em conjunto com a professora da sala, onde a criança está inserida,
sendo que o docente será orientado pelo coordenador psicipedagógico. A
interação entre aluno e professor deve respeitar o ritmo da criança e enfatizar o desenvolvimento da
autonomia do portador de Autismo.
A
professora em sala de aula deve propor atividades diversificadas que incluam a
criança autista. Basilio e Moreira (2014) exemplificam: “enquanto as crianças
realizam anotações comuns, o autista faz fluxogramas sobre o conteúdo escolar”.
No
tocante a avaliação espera-se que ela priorize as habilidades da criança.
1.5 PROFISSIONAIS
O
portador de Autismo deve ser acompanhado por uma equipe multidisciplinar,
formada por psiquiatras, psicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais, que devem avaliar cada caso concreto e desenvolver um programa de
intervenção que satisfaça as necessidades de cada portador. No âmbito escolar a
criança autista deve ser acompanhada pelo psicopedagogo (SILVA, 2012).
Silvia Abrahão
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