quinta-feira, 18 de junho de 2020

O AUTISMO



1.2 CARACTERÍSTICAS

O Autismo é um transtorno neurológico e seus sinais podem ser percebidos já nos primeiros meses de vida da criança. Este transtorno caracteriza-se pela ausência da manutenção do contato visual efetivo com os pais e outras pessoas do seu convívio. Os autistas não respondem a sorrisos e a brincadeiras dos pais.
O diagnóstico do Autismo é clínico e parte de uma entrevista com os pais ou responsáveis sobre a observação do comportamento da criança.
Segundo Brentani et al, (2013, s/p.), o Autismo caracteriza-se pela constatação de prejuízos qualitativos na interação social, associados a comportamentos repetitivos e interesses restritos. Estes autores afirmam que aproximadamente 60-70% das crianças autistas têm algum nível de deficiência intelectual, sendo “que os indivíduos com Autismo leve, apresentam faixa normal de inteligência e cerca de 10% dos indivíduos com Autismo têm excelentes habilidades intelectuais para a sua idade”.

1.2 SINTOMAS

Os sintomas do Autismo frequentemente estão presentes desde o início da infância, todavia podem ser percebidos com mais nitidez a partir do desenvolvimento social da criança, por exemplo, quando ela entra na escola (SILVA, 2012).
São sintomas do Autismo:
  1. ·         Déficits clinicamente significativos e persistentes na comunicação social e nas interações sociais, como deficiências na comunicação não verbal e verbal, falta de reciprocidade social; incapacidade para desenvolver e manter relacionamentos de amizade apropriados para o estágio de desenvolvimento;
  2. ·         Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades, ou seja, comportamentos motores ou verbais estereotipados, ou comportamentos sensoriais incomuns, excessiva adesão/aderência a rotinas e padrões ritualizados de comportamento e interesses restritos, fixos e intensos.


O Portal Eletrônico Autismo e Realidade (2010) informa que a gravidade dos sintomas determinam a habilidade cognitiva, a habilidade de linguagem expressiva e as comorbidades psicopatológicas do portador deste transtorno.

1.3 FORMAS DE TRATAMENTO

O tratamento do Autismo fundamenta-se em intervenções  psicoeducacionais, orientação familiar e exercícios para o desenvolvimento da linguagem e da comunicação, de um modo geral (SILVA, 2012).
O tratamento medicamentoso só é indicado nos casos em que haja alguma comorbidade neurológica e/ou psiquiátrica, que interfira no comportamento cotidiano do autista, devendo ser prescrito pelo neurologista ou pelo psiquiatra (SILVA, 2012)

1.4 COMO TRABALHAR A CRIANÇA NA ESCOLA/Professor

De acordo com a legislação brasileira atual, a criança autista deve e pode frequentar escolas do ensino regular, para tanto estas devem oferecer cuidadores, professoras de reforço e salas de aceleração, que trabalharão em conjunto com a professora da sala, onde a criança está inserida, sendo que o docente será orientado pelo coordenador psicipedagógico. A interação entre aluno e professor deve respeitar o ritmo  da criança e enfatizar o desenvolvimento da autonomia do portador de Autismo.
A professora em sala de aula deve propor atividades diversificadas que incluam a criança autista. Basilio e Moreira (2014) exemplificam: “enquanto as crianças realizam anotações comuns, o autista faz fluxogramas sobre o conteúdo escolar”.
No tocante a avaliação espera-se que ela priorize as habilidades da criança.

1.5 PROFISSIONAIS

 O portador de Autismo deve ser acompanhado por uma equipe multidisciplinar, formada por psiquiatras, psicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais,  que devem avaliar cada caso concreto e desenvolver um programa de intervenção que satisfaça as necessidades de cada portador. No âmbito escolar a criança autista deve ser acompanhada pelo psicopedagogo (SILVA, 2012).

Silvia Abrahão

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