quinta-feira, 15 de junho de 2017

DISCALCULIA: A DIFICULDADE PARA APRENDER MATEMÀTICA

CARACTERÍSTICAS

 Relvas (2011) afirma que a Discalculia é observada em pessoas com grande dificuldade para compreender números, aritmética e contagens, bem como para solucionar problemas matemáticos. Este distúrbio de aprendizagem não está associado a perda visual, auditiva ou a má escolarização.



O discalcúlico não consegue elaborar o pensamento devido às dificuldades no processo de interiorização da linguagem. Segundo Coelho (2001, p. 13):

Estas crianças revelam déficits na compreensão de relações e também na sua reversibilidade e/ou generalização; apresentam, ainda, dificuldades na resolução de problemas, mais especificamente no simbolismo numérico (correspondência número-quantidade), bem como na sua representação gráfica.

Coelho (2011) ainda acrescenta que nos portadores da Discalculia as dificuldades com a matemática não estão associadas a fatores como a preguiça/desmotivação/desinteresse.


SINTOMAS

São sintomas da Discalculia:
·           Quando a criança não consegue nomear com facilidade            símbolos, números e quantidades;
·            Quando a criança não tem habilidade para abstrair e 
              manipular objetos com realidade matemática;
     Quando a criança apresenta dificuldade para ler símbolos matemáticos;
Quando a criança não consegue escrever números;
Quando a criança não faz cálculos mentais e não consegue trabalhar com pagamentos e troco;
Quando a criança apresenta dificuldade para entender, relacionar e executar as operações matemáticas.

FORMAS DE TRATAMENTO

De acordo com Sacramento (2008), o diagnóstico de Discalculia  fundamenta-se numa descrição do atual período de desenvolvimento do aluno, aplicável por um período máximo de um ano.  A autora explica que:

A intervenção psicopedagógica propõe melhorar a imagem que a criança tem de si mesma, valorizando as atividades nas quais ela se sai bem; descobrir como é o seu próprio processo de aprendizagem - às vezes, ela tem um modo de raciocinar que não é o padrão, estabelecendo uma lógica particular que foge ao usual (SACRAMENTO, 2008, s/p.).

Assim, recomenda-se a realização de exercícios neuromotores e gráficos, nos quais o portador de Discalculia trabalhará os símbolos. Já, os jogos, o ajudarão na seriação, classificação, habilidades psicomotoras, habilidades espaciais, contagem (SACRAMENTO, 2008).

Neste sentido, a intervenção adequada do psicopedagogo, do professor da sala regular, ou de um professor particular poderá minimizar as dificuldades, desde que não haja nenhum outro comprometimento (neurológico ou psicológico).


COMO TRABALHAR A CRIANÇA NA ESCOLA/PROFESSOR

O professor que trabalha com uma criança com Discalculia deve  buscar fortalecer a autoestima do aluno por meio do planejamento de atividades que propiciem a aprendizagem da matemática, como jogos e  materiais concretos que permitam a manipulação por parte da criança: “é importante que a criança possa observar, tocar, mexer num cubo quando está, por exemplo, a aprender os sólidos geométricos, caso contrário será difícil compreender as noções de lado, vértice e aresta” (COELHO, 2011, p. 13).

Para estes alunos também é permitido o uso da calculadora e da tabuada.

PROFISSIONAIS


Recomenda-se que o portador de Discalculia seja acompanhado por um psicopedagogo.

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