A
síndrome de Down , ou trissomia do cromossomo 21 é causada pela presença de
três cromossomos 21, em todas ou na maior parte das células de um indivíduo, o
que determina que este tenha 47 cromossomos em suas células e não 46, como a maior parte da população
(MOVIMENTO DOWN, 2014).
Nem
todos os portadores da síndrome de Down apresentam as
mesmas características, embora o déficit intelectual esteja sempre presente.
Esta síndrome não é uma doença e nem tampouco possui graus. Todavia, cabe
salientar que 50% dos portadores de síndrome de Down apresentam problemas
cardíacos, algumas vezes graves, necessitando de cirurgia nos primeiros anos de
vida (Fundação
Síndrome de Down, 2013).
Segundo
o Movimento Down (2014), as características físicas associadas à síndrome de
Down são: olhos amendoados, maior propensão ao desenvolvimento de algumas
doenças, hipotonia muscular (falta de força muscular) e deficiência
intelectual. Em geral, as crianças com síndrome de Down são menores em tamanho
e seu desenvolvimento físico e mental são mais lentos do que o de outras
crianças da sua idade.
As
crianças com Down têm geralmente instabilidade entre a primeira vértebra e a
segunda vértebra do pescoço, devido à falta de força muscular. A boca dos portadores
de Down é relativamente pequena, bem como a sua cabeça, que é proeminente na
zona da nuca. Além disso, possuem pescoço
curto e largo, mãos e pés pequenos e quadrados (APAE, s/a).
A síndrome de
Down não é uma doença e sim uma alteração genética, logo não possui sintomas (Fundação Síndrome de Down, 2013).
De
acordo com o Movimento Down (2014), como a síndrome de Down não é uma doença, e
sim uma condição inerente à pessoa, não
se deve falar em tratamento ou cura.
Segundo a
Fundação Síndrome de Down (2013), há no Brasil, o Atendimento Educacional Especializado
(AEE) e o Apoio Pedagógico nas escolas comuns. O Apoio são grupos de reforço
escolar, que visam ensinar, no período oposto ao que o aluno frequenta as aulas
em sua turma, conteúdos do ensino comum - letras, leitura, escrita, pontuação,
reconhecimento de números e quantidades, classificação e inclusão de classes,
seriação, operações simples como a adição e a subtração, interpretação e
resolução de situações problema. As aulas ministradas nestes grupos são de
responsabilidade de um professor comum.
O AEE tem como
finalidade criar condições para que o aluno acesse os conhecimentos, conteúdos
e informações que são compartilhados e produzidos nas salas do ensino comum.
AEE é um serviço
da Educação Especial. Ele não realiza aulas, mas atendimentos planejados,
orientados e avaliados por um professor de Educação Especial. Seus conteúdos
são: Educação Cognitiva, Comunicação Suplementar e/ou Alternativa, Língua
Brasileira de Sinais/Libras, ensino da Língua Portuguesa escrita aos alunos com
perda auditiva, orientação e mobilidade, Braille, diferentes Tecnologias
Assistivas etc. O Atendimento Educacional Especializado/AEE atua como um
complemento e/ou suplemento durante o processo de formação acadêmica (Fundação Síndrome de Down, 2013).
De acordo com o
Movimento Down (2014), os alunos com síndrome de
Down têm capacidade para aprender, embora seja em um ritmo mais lento e
apresentem dificuldades de concentração e de retenção de memórias de curto
prazo. Neste sentido, esta instituição aponta alguns pontos que podem ser
trabalhados na escola:
·
A criança com Down aprende melhor por meio de
imagens, assim a utilização de fotos, desenhos ou figuras ajuda a memorizar o
que ela aprendeu ou vivenciou;
·
Brincadeiras de executar ordens simples: pegar
os cadernos azuis no armário; chamar o diretor; colocar o caderno em cima da
mesa; acender a luz; fechar a porta;
·
Folhear livros e revistas e nomear figuras
auxiliam a aumentar o vocabulário;
·
Levar a criança a
solucionar pequenos “problemas”: esconder objetos ou, por exemplo, labirintos
simples.
As
pessoas com síndrome de Down são mais vulneráveis a cardiopatias, a problemas
respiratórios e a obesidade, fato que implica que a
intervenção médica ocorra, principalmente com fins de prevenção destes
problemas de saúde (FUNDAÇÃO SÍNDROME DE DOWN, 2013).
Silvia Laura Abrahão
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