quinta-feira, 22 de junho de 2017

A SÍNDROME DE DOWN

A síndrome de Down , ou trissomia do cromossomo 21 é causada pela presença de três cromossomos 21, em todas ou na maior parte das células de um indivíduo, o que determina que este tenha 47 cromossomos em suas células  e não 46, como a maior parte da população (MOVIMENTO DOWN, 2014).



Nem todos os portadores da síndrome de Down apresentam as mesmas características, embora o déficit intelectual esteja sempre presente. Esta síndrome não é uma doença e nem tampouco possui graus. Todavia, cabe salientar que 50% dos portadores de síndrome de Down apresentam problemas cardíacos, algumas vezes graves, necessitando de cirurgia nos primeiros anos de vida  (Fundação Síndrome de Down, 2013).

Segundo o Movimento Down (2014), as características físicas associadas à síndrome de Down são: olhos amendoados, maior propensão ao desenvolvimento de algumas doenças, hipotonia muscular (falta de força muscular) e deficiência intelectual. Em geral, as crianças com síndrome de Down são menores em tamanho e seu desenvolvimento físico e mental são mais lentos do que o de outras crianças da sua idade.

As crianças com Down têm geralmente instabilidade entre a primeira vértebra e a segunda vértebra do pescoço, devido à falta de força muscular. A boca  dos portadores de Down é relativamente pequena, bem como a sua cabeça, que é proeminente na zona da nuca. Além disso, possuem  pescoço curto e largo, mãos e pés pequenos e quadrados (APAE, s/a).

A síndrome de Down não é uma doença e sim uma alteração genética, logo não possui sintomas (Fundação Síndrome de Down, 2013).

 De acordo com o Movimento Down (2014), como a síndrome de Down não é uma doença, e sim uma condição inerente à pessoa,  não se deve falar em tratamento ou cura.

Segundo a Fundação Síndrome de Down (2013), há no Brasil, o Atendimento Educacional Especializado (AEE) e o Apoio Pedagógico nas escolas comuns. O Apoio são grupos de reforço escolar, que visam ensinar, no período oposto ao que o aluno frequenta as aulas em sua turma, conteúdos do ensino comum - letras, leitura, escrita, pontuação, reconhecimento de números e quantidades, classificação e inclusão de classes, seriação, operações simples como a adição e a subtração, interpretação e resolução de situações problema. As aulas ministradas nestes grupos são de responsabilidade de um professor comum.

O AEE tem como finalidade criar condições para que o aluno acesse os conhecimentos, conteúdos e informações que são compartilhados e produzidos nas salas do ensino comum.

AEE é um serviço da Educação Especial. Ele não realiza aulas, mas atendimentos planejados, orientados e avaliados por um professor de Educação Especial. Seus conteúdos são: Educação Cognitiva, Comunicação Suplementar e/ou Alternativa, Língua Brasileira de Sinais/Libras, ensino da Língua Portuguesa escrita aos alunos com perda auditiva, orientação e mobilidade, Braille, diferentes Tecnologias Assistivas etc. O Atendimento Educacional Especializado/AEE atua como um complemento e/ou suplemento durante o processo de formação acadêmica (Fundação Síndrome de Down, 2013).

De acordo com o Movimento Down (2014), os alunos com síndrome de Down têm capacidade para aprender, embora seja em um ritmo mais lento e apresentem dificuldades de concentração e de retenção de memórias de curto prazo. Neste sentido, esta instituição aponta alguns pontos que podem ser trabalhados na escola:
·         A criança com Down aprende melhor por meio de imagens, assim a utilização de fotos, desenhos ou figuras ajuda a memorizar o que ela aprendeu ou vivenciou;
·         Brincadeiras de executar ordens simples: pegar os cadernos azuis no armário; chamar o diretor; colocar o caderno em cima da mesa; acender a luz; fechar a porta;
·         Folhear livros e revistas e nomear figuras auxiliam a aumentar o vocabulário;
·         Levar a criança a solucionar pequenos “problemas”: esconder objetos ou, por exemplo, labirintos simples.


As pessoas com síndrome de Down são mais vulneráveis a cardiopatias, a problemas respiratórios e a obesidade, fato que implica que a intervenção médica ocorra, principalmente com fins de prevenção destes problemas de saúde (FUNDAÇÃO SÍNDROME DE DOWN, 2013).

Silvia Laura Abrahão


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