Segundo o National Institute of Child Health and Human Development (NICHD, 2015), a Dislexia é:
[...]
um transtorno específico de aprendizagem de origem neurobiológica,
caracterizada por dificuldade no reconhecimento preciso e/ou fluente da
palavra, na habilidade de decodificação e em soletração. Essas dificuldades
normalmente resultam de um déficit no componente fonológico da linguagem e são
inesperadas em relação à idade e outras habilidades cognitivas.
Muszkat
e Rizzuti (2012) explicam que as crianças com Dislexia apresentam hipoativação
ou baixa ativação metabólica da rede neural do hemisfério esquerdo, mais
precisamente no córtex parietal, temporal e frontal esquerdo.
Para Muszkat e Rizzuti
(2012), a Dislexia pode ser :
·
Disfonética
ou auditiva: quando há dificuldade para estabelecer a relação entre o som
(fonética) e o grafema (letra), fato que leva a dificuldades para escrever e
ler;
·
Diseidética ou visual: é a ausência da percepção da lateralidade
(direita, esquerda) e a dificuldade para reconhecer a palavra, desencadeando o
erro ortográfico;
·
Mista:
é o conjunto das Dislexias auditiva e visual.
·
Dificuldade
em selecionar as palavras adequadas para a comunicação oral e escrita;
·
Soletração
defeituosa;
·
Pobreza
de vocabulário;
·
Elaboração
de frases curtas e simples;
·
Dificuldade
na articulação de ideias;
·
Confundem/invertem/substituem
letras, sílabas ou palavras;
·
Problemas
de orientação espacial e lateralidade.
A
autora ainda recomenda o treino psicomotor (esquema corporal, lateralidade,
orientação espácio-temporal), percetivo-motor (capacidades visomotoras e
coordenação manual) e também psicolinguístico (descodificação auditiva, visual,
expressão verbal, entre outros) (COELHO, 2011).
Coelho
(2011, p. 6) afirma que:
Na sala de aula,
deve estar sentada numa mesa/secretária próxima do professor (e não no fundo da
sala), para que este possa auxiliá-la sempre que haja necessidade e para que
ela se sinta mais confortável quando pretende esclarecer alguma dúvida. Devem,
ainda, reduzir-se possíveis focos de distração, como algum colega mais conversador
ou algum outro barulho que a possa distrair; estas crianças já estão pouco
motivadas para se concentrar, se puderem evitar-se distrações ambientais tanto
melhor, para ela e também para o professor.
Ademais,
Muszkat e Rizzuti (2012) apontam alguns itens que podem ajudar os professores a trabalharem com os disléxicos:
·
Valorizar
a autoconfiança do aluno;
·
Dar
comandos fracionados para não confundir a criança;
·
Respeitar
o ritmo do aluno;
·
Valorizar
os pequenos progressos do aluno;
·
Disponibilizarr
livros, jornais e revistas em sala;
·
Dialogar
com os pais, procurando orientá-los como agir em casa e para que entrem em contato com mais
profissionais;
·
Tornar
a aprendizagem lúdica;
·
Estar
ciente se o aluno compreendeu o que foi lido ou pedido;
·
Identificar
o meio pelo qual o aluno tem mais facilidade para fixar o conteúdo (visual ou
auditivo);
·
Aplicar
exercícios de escrita na caixa de areia e no ar;
·
Treinar
a memória e soletração;
·
Promover
exercícios de coordenação motora fina e de sequenciação de informações;
·
Priorizar
a avaliação oral.
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